Tuesday, June 16, 2015

O CAÇADOR DE CORRUPTOS-CAP-78

Capítulo -- 78

Dias atrás ele estava tão atacado da depressão, que começou a chutar e quebrar tudo que via pela frente e jurou em se matar.
Dona Joana  ouviu ele conversando sozinho, aproveitou o momento em que ele havia saído pra tomar água, mais que depressa foi onde ele estava, no tal quarto de hospede, pegou o revolver e retirou todas as balas, saiu e ficou observando de longe.
Ricardo voltou se assentou na cama e ficou por um bom tempo cabisbaixo e comprimindo a cabeça com as palmas das mãos.

De repente se levantou foi até a escrivania, abriu a gaveta, pegou o revolver e colocou o cano no ouvido, puxou o gatilho, uma vez, duas vezes, e nada, ele poderia ficar o resto da vida puxando o gatilho sem conseguir o seu intento, pois não havia nenhuma bala no revólver.

Revoltado, sai furioso e a primeira pessoa que viu pela frente foi exatamente à mãe Joana que estava de vigia.
Espancou a pobre velha, sem que ela reagisse, mesmo apanhando dizia pra ele que fez aquilo porque não queria que ele morresse, e que faria quantas vezes fosse necessária. 

Vinicius -- Pelo visto, ele está precisando de apoio psicológico, gostaria muito de poder falar com ele, quem sabe ele me ouve.

D.Gláucia -- Melhor, não, acho que não é uma boa você tentar qualquer conversa com ele, ele está muito ignorante e trata mal as pessoas que querem o seu bem.  

Pastor -- Mas, a mim ele vai ter que ouvir, vamos lá ao casarão falar com ele.
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Chegando lá!...
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D.Gláucia -- Entrem por favor e se acomodem, vou preparar alguma coisa pra matar o calor que está demais.

Raquel -- (Ao perceber a movimentação) Que bom que vocês vieram, já estava até pensando que vocês já haviam se esquecido da gente!...

Pastor -- Estou vindo do hospital minha filha, todos os meus amigos me visitaram, e senti a falta de vocês; o que está acontecendo, será que já não estou mais merecendo a atenção de vocês?

 Raquel -- Pastor, temos um apreço todo especial pelo senhor, acontece que as coisas aqui em casa não têm sido muito favoráveis, o Ricardo...


Pastor -- (Antes de qualquer desabafo, interrompe a fala de Raquel) Sim!.. Onde ele está? Viemos aqui para visitar vocês dois, preciso vê-lo.

Raquel -- Vocês aguardem um momento que vou tentar convencê-lo a vir receber vocês.
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Passado alguns instantes, Raquel volta com ele todo mal arrumado, os olhos mais pareciam brasas vivas, dava se a imprenção de um verdadeiro maltrapilho possuído pelo espírito do mal, com uma  aparência horrível causado por efeitos das drogas, e o pastor sai a seu encontro.
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Pastor -- Ô meu filho há quanto tempo, antes de eu ir para o hospital vocês pareciam tão felizes, o que tem atrapalhado a vida de vocês?

Ricardo -- (Com vergonha e atormentado) Não sei pastor, de uma hora pra outra me senti inseguro, as coisas pra mim parecem muito difíceis, nada dá certo pra mim, durante toda minha vida aprendi a viver com fartura, nunca me preocupei com preço de nada, pois tudo vinha em minhas mãos sem o menor esforço, sem me preocupar de onde vinha.

Mãe Joana -- Já estou cansada de falar com ele que na vida agente não tem só o que queremos, muitas vezes temos de encarar problemas que parecem sem soluções, mas não podemos nos desanimar.

Pastor -- O que seria de nossas vidas, se não houvesse barreiras ou obstáculos para serem superados; uma vida sem desafios é uma vida vazia e morta.

Ricardo -- Pois é assim que estou me sentindo, um morto vivo.


Pastor -- Não diga isso, a nossa vida tem muito valor, e Deus exige que façamos a nossa parte, cada um de nós temos de dar conta de nossos atos.

                   ------ EJO ----- Continua



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