Ato -- 12
Primeiro
Pastor -- Eu trago-te ouro. Ó Jesus meu Rei! Todo o meu tesouro aos teus pés
porei! (reverencia o menino e ajoelha ao lado da manjedoura, assim
sucessivamente os outros)
Segundo
Pastor -- Eu trago-te incenso, rico e sem igual, perfume a ungir-te, ó meu Rei
divinal!
Terceiro
Pastor -- E, eu trago-te a mirra para te ofertar, ó Rei do universo queremos te
adorar!
(Ao
terminar de entregar os presentes, ajoelhados e de mãos para o alto, Dá glórias
a Deus, as mesmas palavras que aprenderam com o anjo do Senhor)
Todos
-- Glória a Deus nas alturas e paz na terra e boa vontade para com os homens.
(Ao terminar a frase, faz um gesto de reverência e saem) (fecha-se a cortina)
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(Enquanto isto no
palácio de Herodes)
(abre a cortina
(cenas no palácio, o rei convoca seus súditos)).
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SÚDITO
-- Estou ao seu dispor majestade.
REI
HERODES -- Leve alguns homens e tragam aqui, os tais pastores que andam dizendo
a respeito deste novo Rei.
SÚDITO
-- Mas, majestade! Todos nós sabemos que existe somente um rei, e que este rei,
ninguém melhor que vossa majestade.
REI
HERODES -- É, mas eu preciso tomar minhas precauções; não posso deixar que um
boato destes, possa vir me atrapalhar.
SÚDITO
-- Vossa majestade tem razão, vou imediatamente atrás destes tais pastores.
(o súdito sai
voltando mais tarde com os pastores)
(enquanto isto o rei
tira um cochilo sob a vigilância de dois guardas, de repente acorda em
sobressalto e dirige-se a um dos guardas)
REI
HERODES -- Porque demoram tanto, será que estes infelizes pastores já foram
embora? Pode demorar o tempo que for preciso; mas terão de trazê-los até a mim.
GUARDA
-- Tenha calma meu rei, nossos soldados são muito competentes, já, já eles vão
entrar por aquela porta; (pausa) olha
parece que estão chegando.
1º
SÚDITO -- (entrando) Estão aqui os
pastores, não queriam vir, alegavam que estavam com pressa, para convencê-los
tivemos que fazer algumas ameaças.
REI
HERODES -- Aproximem-se; como ousam negar uma convocação do rei?
1º
PASTOR -- Majestade, é que…
REI
HERODES -- Cala-te não me interrompa, eu mandei chamar vocês aqui, para me
informar onde está o menino, que nasceu; sim este que dizem ser o novo rei, (pausa, com cinismo) eu também quero
conhecê-lo e levar alguns presentes. (fala
em tom zombeteiro).
2º
PASTOR -- É! Só… (recebe uma cotovelada
discreta do primeiro pastor) Bom… (continua)…
a gente segue até a aldeia; lá existe uma cabana abandonada, agente chega à rua
principal, no fim daquela rua tem mais duas, uma a direita e outra a esquerda,
segue a da direita depois dobra a esquerda vai até ao final da rua, e vais
encontrar a tal cabana onde está o menino; espero que a sua majestade não faça
nenhum mal ao menino; pois ele é muito especial.
REI
HERODES -- Claro, claro, eu sei, vou até levar presentes pra ele, agora podem
ir, já tenho as informações que preciso.
3º
PASTOR -- Se precisar mais alguma informação, é só nos procurar.
(os pastores se
retiram, fecha a cortina)
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(abre-se a cortina
cenas rápida no pátio)
3º
PASTOR -- Você deu as informações erradas, para o rei, agora nossa tranquilidade
acabou, o que temos a fazer agora, é fugir o quanto antes.
1º
PASTOR -- É isto mesmo, quando o rei descobrir que foi enganado, ele vai ficar
furioso, se ficarmos aqui estaremos correndo sério risco de vida.
2º
PASTOR -- Então o que estamos esperando? Vamos passar cêbo nas canelas e dar o
fora daqui, agora!...
(fecha-se a cortina.)
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(abre à cortina,
cenas na estrebaria, José e Maria estão dormindo, e o anjo aparece em sonho a
José)
ANJO
-- José levanta-te e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te
lá, até que eu ti diga; porque o Rei Herodes há de procurar o menino para matá-lo. (acaba de falar e sai)
JOSÉ
-- (José acorda assustado com o sonho e
se apressa)… Maria, Maria, acorda, o anjo do Senhor, veio até a mim em
sonho, e nos mandou fugir para o Egito imediatamente; pois o Rei Herodes, está
procurando o menino para matá-lo.
(Fecha a cortina)
--- EJO ---- Continua
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